terça-feira, 9 de setembro de 2008

72 participantes no I Encontro de Direitos Humanos

Considerado um marco na história da diocese de Miracema a realização do I Encontro Diocesano de Direitos Humanos realizado no Salão da Paróquia São Sebastião na cidade de Colinas do Tocantins. Aconteceu nos dias 29 a 31 de Agosto de 2008. O evento além de promover um rico debate sobre o tema: Direitos Humanos e Cidadania, assessorado por Sebastião Bezerra (Secretário do Regional Centro Oeste em Direitos Humanos) e Maria Veroni (Coordenadora do Centro de Direitos Humanos de Taguatinga e do Movimento Estadual de Direitos Humanos do Tocantins), além de possibilitar a reflexão e o estudo, propiciou ainda, a definição do 1º plano de ação para os anos de 2009 e 2010 e o agendamento para criação de 12 Núcleos de Direitos Humanos, previsão de criar alguns Núcleos ainda esse ano.
Na ocasião o Encontro contou com a participação de 72 pessoas, sendo 43 mulheres e 29 homens com uma boa presença de jovens, religiosos/as, leigos/as e representantes de outras denominações religiosas. O público presente estava representando 22 municípios, 04 dioceses e 29 entidades pastorais, sindicais, associativas, além de alguns representantes do setor público.
O Centro de Defesa Dom Jaime Collins contou ainda com a presença do Bispo Dom Fhilip Dickmans da Diocese de Miracema, momento muito especial que alegrou e motivou todos os participantes no evento.
O I Encontro de Direitos Humanos foi apoiado pela CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço) que garantiu os recursos para viabilizar esta atividade de tamanha relevância para a Diocese.
A Coordenação Executiva agradece a presença e a contribuição de todos/as que ajudaram na construção de mais um instrumento de luta em defesa e promoção da vida.

Coordenação
Centro de Defesa Dom Jaime Collins

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

STF JULGA DEMARCAÇÃO DA TERRA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou hoje, dia 27, o julgamento sobre a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, localizada em Roraima. Desde a demarcação da área, a partir de um ato do presidente Lula em 2005, arrozeiros e famílias de agricultores têm resistido a sair da terra que ocupam, apesar de praticamente todos já terem sido indenizados. Para garantir a permanência dos não-índios no local, várias ações que contestam a demarcação foram impetradas e o STF acatou estas ações determinando a suspensão da ação de retirada dos arrozeiros que começava a ser feita. A área corresponde a 1,7 milhões de hectares e está localizada na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Teme-se que a decisão do STF a favor dos arrozeiros venha a abrir caminho para a contestação de outras terras indígenas. Para o bispo dom Erwin Krautler, presidente do CIMI, e bispo da Prelazia do Xingu, no Pará, a decisão contra os índios pode criar um precedente fatal. “Qualquer área hoje demarcada e homologada seria passível de um novo estudo. De repente vão descobrir riquezas naturais e dizer que a homologação não vale. Estou com muito medo, porque as forças do capital são tremendas e querem avançar sobre as áreas”, afirmou. A decisão está sendo aguardada em clima tenso tanto por parte dos índios quanto dos que são contra a área nos moldes como foi definida.

Índios e grupos de apoio estão desde o dia 25 de agosto em vigília permanente em Boa Vista, capital da Roraima. Também em Brasília há um acampamento indígena em frente ao STF, aguardando a decisão.

Polícia tenta reprimir romeiros em Minas Gerais
No dia 17 de agosto, aproximadamente dez mil romeiros de diversas partes de Minas Gerais participaram da 12ª Romaria da Terra e das Águas do Estado, no distrito de Cachoeira Escura, município de Belo Oriente, no Vale do Aço, Diocese de Itabira/Coronel Fabriciano. A concentração para o início da caminhada foi em frente ao portão de entrada da empresa japonesa CENIBRA, produtora de celulose acusada de poluir a água, o ar e envenenar o solo da região com sua monocultura de eucalipto. Atendendo solicitação da empresa, cerca de 300 policiais revistaram os ônibus que transportavam os romeiros e acompanharam toda a Romaria. Ao revistar os ônibus de romeiros, alertavam: “Vocês são de igreja. Cuidado. O povo lá da Romaria é perigoso. Se houver tentativa de ocupar a empresa, não participem. Corram de volta e entrem nos ônibus de vocês.”

Dom Tomás Balduino, conselheiro permanente da CPT, na abertura da caminhada disse: “Nunca vi, em minha experiência de romarias, tantos policiais, com tantas viaturas como aqui. Será que vieram para defender estes irmãos e irmãs brasileiros em caminhada de celebração da fé ou foi em defesa desta multinacional, a CENIBRA, que destrói a natureza e explora o povo?” Os romeiros afirmaram em carta que “é possível, necessário e urgente acabar com todo tipo de concentração, de monocultura, de privatização da terra e da água. A justiça ao povo do campo só se fará com a reforma agrária e agrícola. Um outro mundo é possível e necessário”. (fo

MADEIREIROS ARMADOS ATIRARAM CONTRA ALDEIAS INDÍGENAS

Um grupo de madeireiros armados invadiu, no dia 24 de agosto, a terra indígena Araribóia, do povo Guajajara-Tenetehara, no Maranhão. Eles chegaram ao local atirando contra as casas das aldeias Catitu e Buracão. Não houve feridos, pois os indígenas haviam percebido a presença dos assassinos e se esconderam quando o tiroteio começou. O atentado aconteceu poucas horas depois do fim da 1ª Assembléia do Povo Guajajara, realizada em outra aldeia da mesma terra indígena, que fica próxima ao município de Amarante (MA). Segundo os índios, o grupo de atiradores foi até o local para resgatar o motor de um caminhão madeireiro que estava abandonado próximo às aldeias. O caminhão abandonado é o mesmo que provocou a invasão da aldeia Lagoa Comprida, em outubro de 2007. Na ocasião, Tomé Guajajara, um senhor de 60 anos, foi morto a tiros. Os indígenas já haviam denunciado à Fundação Nacional do Índio (Funai) que a presença do caminhão nas proximidades das aldeias representava perigo aos indígenas. No entanto, o veículo não foi retirado da área. De acordo com dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), somente em 2008, 10 indígenas foram assassinados no Maranhão. (fonte: Cimi)

DOM PEDRO CASALDÁLIGA É CONDECORADO

No próximo dia 3 de setembro, Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, receberá a Ordem do Mérito Jus et Labor, concedida pela Associação dos Magistrados do Trabalho da Oitava Região (Amatra 8) que abrange os estados do Pará e Amapá. A condecoração é em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados por Dom Pedro, sobretudo no tocante ao combate ao trabalho escravo. A cerimônia de entrega do prêmio acontecerá no Centro Comunitário de São Félix do Araguaia pelo Dr. Gabriel Napoleão Velloso Filho, presidente da Amatra 8, e desembargador do Tribunal Regional do Trabalho no Pará.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Novo Bispo de Miracema é empossado

Padre Philip Dickmans foi nomeado bispo da diocese de Miracema do Tocantins, no Estado do Tocantins, vacante desde março de 2006. Sua posse ocorreu ontem, apartir das 09:00 hs na cidade de Miracema do Tocantins. As caravanas de diversas paróquias presenciaram com alegria a posse do novo bispo diocesano.
O padre Philip Dickmans, 45, belga de Herk-de-Stad, ex-vigário episcopal da Região Pastoral São Paulo da arquidiocese de Palmas (TO), área que compreende dez municípios. Ordenado presbítero em Halen (Bélgica) no dia 30 de setembro de 1990, padre Philip foi vigário paroquial na paróquia São Martino, em Genk (Bélgica). Freqüentou o Curso de Espiritualidade Sacerdotal do Movimento Focolares em Loppiano (Itália) e um curso de preparação missionária no Colégio Pró-América Latina, em Leuven (Bélgica), com o propósito de ser enviado como “Fidei Donum” ao Brasil, desejo concretizado em 1996 quando chegou a Salvador (Bahia), dirigindo-se imediatamente a Brasília onde se preparou para o trabalho na arquidiocese de Palmas (TO). Nessa arquidiocese, padre Philip exerceu as funções de pároco nas paróquias Jesus de Nazaré, Cristo Rei, Jesus Bom Pastor, Nossa Senhora, Mãe da Divina Providência, Imaculada Conceição e Divino Espírito Santo. É responsável pela reserva Indígena Xerente desde 1996.
O Centro de Defesa Dom Jaime Collins quer na oportunidade manifestar a felicidade pelo especial momento vivido pelos fiéis da diocese na certeza de caminhar rumo a construção do reino de Deus.
Parabéns!!!

domingo, 17 de agosto de 2008

I ENCONTRO DE DIREITOS HUMANOS DA DIOCESE DE MIRACEMA DO TOCANTINS


O I Encontro de Direitos Humanos da Diocese de Miracema do Tocantins, que acontecerá nos dias 29 a 31 de Agosto de 2008, contará com a contribuição de três expositores: Primeiro Bloco - Sebastião Bezerra, Bacharel em Direito, Secretário do Regional Centro Oeste de Direitos Humanos pelo MNDH que tratará sobre o Histórico dos Direitos Humanos; Em seguida Veroni Coordenadora geral do MEDH que abordará sobre a atuação do Movimento de Direitos Humanos no Tocantins. Segundo Bloco - Maria Trindade Ferreira, Advogada, Assessora da Comissão Pastoral da Terra e militante do Centro de Direitos Humanos de Araguaína, fará sua explanação trazendo os Direitos Fundamentais garantidos pela CF/88.
Esse I Encontro será um marco na história da Diocese que começa a galgar os primeiros passos para a consolidação de uma organização comprometida na promoção da vida. O Tema do Encontro Direitos Humanos e Cidadania vem de encontro a necessidade da garantia dos direitos fundamentais em vista da dignidade humana.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Índios querem reunião com ministro dos Direitos Humanos

Situação mais grave quanto aos direitos humanos no Estado, a questão indígena deve ser assunto central da 5ª conferência estadual sobre o tema, aberta hoje em Campo Grande. Amanhã, cinqüenta lideranças indígenas do interior do Estado virão à Capital para reunião com o ministro Paulo de Tarso Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Contudo, nesta quinta-feira, a questão da vistoria determinada pela Funai (Fundação Nacional do Índio), que devem resultar na demarcação de novas aldeias, foi lembrada.
“O índio não tem direito a nada”, destacou o presidente do conselho estadual de Direitos Humanos, Oscar Maurício Martins, em alusão à citação do líder guarani Marçal de Souza, assassinado em 1983. Martins apontou a homologação das terras indígenas como um direito essencial.
“A questão indígena é o maior problema em Mato Grosso do Sul”, avalia o presidente do CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos), Paulo Ângelo. Sobre os estudos antropológicos, ele destaca que há ainda mais dificuldade. “O Estado tomou partido, do lado dos fazendeiros”.
A situação de confinamento, diante da falta de terra, foi destacada pelo assessor jurídico do Cimi, Rogério Rocha. “São 40 mil guarani-caiuá em 29 mil hectares de terra. Dourados é a área mais problemática de todas, com 13 mil indígenas em 3.500 hectares”, enfatiza. Em defesa da vistoria, ele argumenta que a o estudo e a demarcação vão acabar com “incertezas e conflitos”.
Extinção – Membro da comissão de Direitos Humanos da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), Lairson Palermo aponta que a publicação das portarias afronta a paz, pois trouxe instabilidade. Ele defende que as terras indígenas sejam demarcadas, mas que o trabalho não seja competência da Funai. “Deve ser criado um outro instrumento, que reúna indios, não índios e governo”. Para Palermo, a Funai deveria ser extinta. “É um entulho autoritário, da época do Castelo Branco. Quando o presidente legislava sem o Congresso”.

RELATÓRIOS APONTAM CASOS DE VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS

A Plataforma Dhesca Brasil, uma rede composta por mais de 30 organizações de direitos humanos, lançou hoje, 13 de agosto seis relatórios sobre casos emblemáticos de violações de direitos humanos no Brasil. Episódios como o processo de implantação das usinas Santo Antônio e Jirau no rio Madeira (RO), a morte de 13 trabalhadores devido à superexploração em canaviais paulistas e o assassinato de um dirigente da Via Campesina no Centro Experimental da Syngenta Seeds (PR) durante a ação de uma milícia armada são tratados nos relatórios. A produção dos documentos teve o apoio da Procuradoria Federal da União e do Programa de Voluntários das Nações Unidas. O lançamento foi realizado no Plenário 9, anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília. (fonte: Assessoria Deputado Adão Pretto)

sábado, 9 de agosto de 2008

Conferência Estadual de Direitos Humanos

Convite
Assunto:
Conferências Estaduais de Direitos Humanos
O Centro de Direitos Humanos de Araguaína em parceria com o Movimento Estadual de Direitos Humanos vem através desta convidar 02 representantes dessa entidade para participar de uma reunião, a mesma tratará das informações e eleição de delegados(as) para a participação na Conferência Estadual de Direitos Humanos.
DATA: 22 de agosto de 2008
LOCAL: CDH
HORÁRIO: 09:00 horas.
No Tocantins, o Governo do Estado já assumiu os trabalhos e já formou um grupo para articular e mobilizar a conferência. O MNDH está representado neste grupo, através do CDH de Palmas, pois este se localiza na capital. Para os trabalhos, foi pensado em fazer uma espécie de reuniões micro-regionais (sul, centro e norte) que antecederão a conferência estadual. A data para a conferência estadual ficou firmada para os dias 10, 11 e 12 de setembro de 2008. Nesta reunião estará presente uma pessoa do CDH de Palmas para repasse da temática da Conferência, maiores informações e conduzir os debates nesta regional sobre a participação.
Esperamos todos e todas com muita alegria na certeza do compromisso pela causa e luta para que os Direitos Humanos sejam respeitados no exercício de nossa cidadania e na participação política que as Conferências devem proporcionar, a presença de vocês é muito importante. Favor, confirmarem até o dia 20/08/2008.
OBS: Para os participantes dos municípios convidados, exceto Araguaína, estaremos apoiando as despesas com transporte e alimentação na viagem. Favor, trazer as notas nominais ao Centro de Direitos Humanos de Araguaína. Só reembolsaremos com as notas. Caso contrário, não será possível o pagamento da despesa sem comprovante(s).
Fraternalmente!
Araguaína, 08 de agosto de2008.
____________________________________________
Centro de Direitos Humanos de Araguaína

11 CONFERÊNCIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS

A 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (11ª CNDH), com o lema “Democracia, Desenvolvimento e Direitos Humanos: Superando as Desigualdades”, tem como objetivo principal a revisão e atualização do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), num processo pautado pela interação democrática entre o governo e a sociedade civil. A 11ª CNDH será realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, entre os dias 15 e 18 de dezembro de 2008, ano marcado por amplo debate na área dos direitos humanos no Brasil. Sob coordenação tripartite da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) e do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (FENDH), a 11ª CNDH será precedida de conferências estaduais e distrital. Nos estados e no Distrito Federal, os eventos serão realizados até 15 de setembro de 2008 e organizados por comissões estaduais e distrital paritárias, com integrantes do Poder Público e da sociedade civil.
O diferencial desta edição é a abordagem dos direitos humanos em torno da sua universalidade, interdependência e indivisibilidade, tratando de forma mais coesa, associada e integrada as múltiplas dimensões destes direitos, quer sejam os direitos civis e políticos, bem como os econômicos, sociais, culturais e ambientais. A metodologia a ser utilizada para as discussões será baseada num conjunto de eixos orientadores, por meio de um enfoque transversal e integrado.
Eixos orientadores
Universalizar direitos em um contexto de desigualdades;
Violência, segurança pública e acesso à justiça;
Pacto federativo e responsabilidades dos três Poderes, do Ministério Público e da Defensoria Pública;
Educação e cultura em direitos humanos;
Interação democrática entre Estado e sociedade Civil;
Desenvolvimento e direitos humanos
É tempo de avaliar e legitimar prioridades, de conhecer e reconhecer novos e tradicionais agentes atuantes nos direitos humanos, assim como incluir no debate aqueles pertencentes a grupos historicamente sujeitos a violações de direitos. A 11ª CNDH é um fórum privilegiado de interação entre esses atores e os atuais espaços de participação democrática e monitoramento da política nacional dos direitos humanos no país.
Participe!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO: UM OLHAR PASTORAL

Roberto Malvezzi (Gogó)

1. Esses tempos um texto de Clodovis Boff suscitou um intenso debate sobre a Teologia da Libertação. Suas afirmações, entretanto, também abrangem o campo pastoral, inclusive das Pastorais Sociais. Extremamente contundentes, não deixam de provocar pessoas – que como eu – há décadas trilham os caminhos das Comunidades Eclesiais de Base e Pastorais Sociais. Imagino que devem ter impactado muitos outros que também fazem esse percurso. Quero comentar apenas alguns aspectos que me parecem mais chaves, utilizando suas frases de forma aproximada, não exatamente literal.

De Clodovis, além dos livros e textos, guardo a imagem de muitos anos atrás, quando ele esteve várias vezes aqui na Diocese de Juazeiro para nos assessorar. Duas frases suas são inesquecíveis para mim: “o pobre é o único sacramento realmente universal”. A segunda, dita em uma das palestras: “temos que ser bons de luta e bons de oração”.

O texto de Clodovis causou polêmica por uma afirmação central: “há um erro fundamental – quiçá mortal - na Teologia da Libertação que deriva para uma pastoral também errônea”. O erro teológico fundamental seria: “o centro da fé cristã é o Cristo, não o pobre”. Por conseqüência, a pastoral tem que partir do Cristo, não do pobre. Afirma ainda que “o ser cristão implica em ir ao pobre, mas ir ao pobre não implica necessariamente em ir ao Cristo”.

2. Como experimentamos essas afirmações na prática pastoral? Não há dúvida que para um cristão, que fez a experiência do “encontro com o Cristo”, o Cristo vem em primeiro. Para quem recebeu o privilégio da experiência pessoal das mãos de Deus esse é o ponto fundamental de partida. Mas não é verdade pastoral que ao “encontrar o Cristo os cristãos irão automaticamente ao pobre”. A América Latina, com seus milhões de pobres e oprimidos, é a prova dos nove que muita gente – se não estiver mentindo -, faz a experiência do Cristo, mas nem por isso vai ao pobre. Muito menos vão às raízes das injustiças estruturadas e estruturantes, foco principal da reflexão teológica e da prática pastoral de libertação.

Por outro lado, fazemos pastoralmente a experiência concreta que, muitas pessoas distantes da religião, do cristianismo, encontraram ou reencontraram sua fé a partir do engajamento prático junto aos pobres. Foi a partir dos pobres, do testemunho de cristãos engajados junto a eles, que conseguiram ver o rosto do Cristo.

Ainda mais, se para os cristãos o Cristo é o ponto de partida, não o é para a grande maioria da humanidade. Para esses, segundo a revelação bíblica, o Cristo, mais que “ponto de partida”, é o “ponto de chegada”. A revelação bíblica nos ensina, sobretudo a partir do capítulo 25 de Mateus, que pessoas podem fazer seu percurso histórico “sem nunca terem ouvido falar do Cristo”, mas podem encontrá-lo no “momento decisivo”. Vão se surpreender em tê-lo conhecido, mesmo sem o conhecer. Um texto tão chave não pode ser acusado simplesmente de “garimpagem bíblica”.

Clodovis, ao determinar um ponto único de partida, o Cristo, fecha portas que o próprio Deus nos abriu pela revelação bíblica. O Deus bíblico parece muito mais generoso, muito mais ecumênico, muito mais misericordioso que o Deus desse raciocínio teológico.

3. Segundo ele, um erro pastoral derivado do erro teológico se materializa nas pastorais sociais. Fala em sua onguisação. O risco é real. Uma pastoral social que não cultiva “a luta e a oração”, corre mesmo o risco de se tornar uma Ong. Mas, quando ele generaliza, se torna injusto. Há multidões de agentes pastorais suportando o peso duro da cruz de cada dia para estar a serviço dos pobres, alimentados pela fé no Cristo, pela oração e pela opção real de vida que fizeram. As próprias comunidades, as que restaram, prosseguem suas lutas por melhores condições de vida fundadas e alimentadas por sua fé. Muitos morreram por sua opção. Portanto, temos muitos erros e falhas, mas é bom lembrar que, em nenhum momento da Igreja, ela foi totalmente fiel ao seu fundador. Não pode cobrar de nós o perfeccionismo que jamais existiu.

4. Há uma crítica ao catolicismo popular, devocional, como inconsistente. Oras, a região onde esse catolicismo é mais enraizado é exatamente no Nordeste. Exatamente aqui o catolicismo permanece menos vulnerável, estatisticamente mais numeroso. E não falta TV de todas as matizes religiosas para fustigar a fé do povo. O esvaziamento católico se deu nos grandes centros, onde a Igreja não soube estar no meio das multidões perdidas nas periferias. Os evangélicos pentecostais souberam.

No Nordeste, a evangelização de Ibiapina, Pe. Cícero é o que de melhor ficou na região. Basta se aproximar dos quase 600 mil romeiros que vão ao Juazeiro do Norte na festa de Pe. Cícero para ver que ali está apenas o catolicismo que o povo moldou para si. Ele não é nem melhor, nem pior que o catolicismo vivido dentro dos muros do Vaticano ou dos conventos religiosos. O fato de ser devocional não anula que seja de convicção e fidelidade.

5. O texto é extremamente entusiasta do documento de Aparecida. Pessoalmente estive presente em alguns encontros preparatórios, sobretudo eventos que preparam a questão ecológica e social do documento, a convite do Cardeal Maradiaga, de Honduras, então responsável pelo setor no CELAM. O resultado final, nesse sentido, é discreto. Medellín e Puebla foram muito mais contundentes e proféticos.

O texto traz a novidade da insistência missionária. A dúvida é qual realidade pastoral de fato pode existir por detrás dessa intencionalidade. Não há grande entusiasmo sem uma grande causa. O grande entusiasmo pastoral conhecido na América Latina foi quando a Igreja fez a opção pelos pobres e muita gente saiu de seu conforto pessoal, da vida estabelecida e foi lá onde os pobres estavam. Esses, uma vez mais organizados e conscientes de sua cidadania social e eclesial, assumiram sua fé, suas comunidades, suas lutas pela justiça. As poucas melhorias que tivemos aqui pelo Nordeste, como a consciência política, acesso à água, o salário mínimo dos rurais, etc., teve intensa participação dos pobres das CEBs. Por isso, foi cruel, quando da volta da grande disciplina, ver gente do povo, agentes pastorais, etc., simplesmente serem afastados, quase que excomungados da participação eclesial, como “pessoas não gratas” ao novo contexto eclesial.

O texto de Aparecia é moderado, não provoca grande entusiasmo e não será um texto que irá suscitar uma nova onda missionária na Igreja. Os tempos são outros, mais ecumênicos, mais plurais e nós católicos já não teremos hegemonia na sociedade brasileira.

6. Surge o terrível desafio ecológico que teremos que enfrentar – já estamos enfrentando – a partir de nossa fé. São questões que interessam a toda a humanidade, a toda a comunidade da vida. Só poderemos estar abertos à totalidade se olharmos as pessoas, a comunidade da vida, a história, a Terra, o Universo, a partir do princípio teológico do “Reino de Deus e sua justiça”. Nosso Deus é e sempre será infinita beleza e infinita sedução.

Embora cause tanto desconforto nos nossos meios católicos, o princípio teológico do Reino de Deus se fez princípio pastoral. Ou nós que trabalhamos pastoralmente olhamos o mundo assim, ou praticamente ficaremos ilhados.

É uma época de mudanças e, sem dúvida, também precisamos mudar. Essa é uma exigência permanente da metanóia cristã. Mas é sempre preciso perguntar: para onde?

Termino com um Hay Kay de D. Hélder Câmara, fiel ao Cristo e aos pobres até o fim:

“Feliz de quem entende. Que é preciso mudar muito. Para ser sempre o mesmo”.

QUEM É DOM PEDRO CASALDÁLIGA?

Dom Pedro Casaldáliga bispo emérito católico, nasceu aos 16 de fevereiro de 1928 em Balsareny (Barcelona) Catalunha, Espanha. Filho de lavrador/vaqueiro. Aos 15 anos ingressou na Congregação Claretiana, sendo sagrado sacerdote em Montjuïc, Barcelona, no dia 31 de maio de 1952. Em 1968, mudou-se para o Brasil.O Papa Paulo VI nomeou-o bispo prelado de São Félix do Araguaia-MT, no dia 27 de agosto de 1971.
Adepto da teologia da libertação foi muito criticado pelos setores conservadores da Igreja, que acusam essa corrente teológica de ser baseada no Marxismo, afirmando ainda ser uma traição aos conceitos básicos da fé, da liturgia e do catolicismo-tradicional. Sua primeira carta pastoral, relatando a realidade da prelazia e refletindo sobre o compromisso cristão em nome do Evangelho com a justiça e a paz, intitulou-se: “Uma Igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social”. Escritor e poeta é autor de dezenas de livros, discos e vídeos sempre com o perfil da teologia de libertação. Dom Pedro já foi alvo de inúmeras ameaças de morte por causa do seu trabalho pastoral em defesa dos povos da amazônia. Retrato do exemplo e testemunho de vida, foram as primeiras denúncias de formas contemporâneas de escravidão no Brasil feitas em 1971 por Dom Pedro Casaldáliga, na Amazônia.
Em 12 de outubro de 1976, foi avisado que duas mulheres estavam sendo torturadas na delegacia da cidade. Imediatamente dirigiu-se para lá em companhia do padre jesuíta João Bosco Penido Burnier. Após discutir com os policiais, o padre Burnier foi agredido e alvejado com um tiro na nuca. Após a missa de sétimo dia, houve uma procissão até a porta da delegacia, o imóvel foi destruído e os presos libertados. No local foi construída uma igreja.
Durante a ditadura militar, foi alvo de cinco processos de expulsão do Brasil. Em sua defesa, veio o arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, impedindo que tal arbitrariedade acontecesse.
Dom Pedro Casaldáliga admite que a sabedoria popular tenha sido a sua grande mestra. Indagou a um posseiro o que ele esperava para seus filhos. O homem respondeu: “Quero apenas o mais ou menos para todos”. Pedro guardou a lição, lutando por um mundo em que todos tenham direito ao “mais ou menos”. Uma das primeiras frases de Pedro Casaldáliga, na missa que ficou registrada na memória: ”Que a nossa primeira atitude seja depositar no altar o medo. Nós não temos o direito de ter medo.”

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Técnicas de como fazer uma boa reunião

Técnicas de como fazer uma boa reunião

Realizar uma boa reunião não é tão fácil, mas também, não é tão difícil, basta ter noções básicas, preparação prévia, segurança no assunto, criatividade e força de vontade para fazer bem feito. Mas na verdade, o que é uma reunião? Por quê se reunir? Quais as vantagens de fazer uma boa reunião?
O objetivo deste pequeno resumo é apontar algumas técnicas de como fazer uma boa reunião, informações estas, resultado das experiências vividas ao longo de quase 10 anos de caminhada da Pastoral da Juventude Rural com atuação no Tocantins.
Durante todo esse período de acompanhamento aos diversos grupos de jovens da roça, presenciamos muitas dificuldades da juventude em se organizar. E um dos fatores que tem contribuído para o seu agravamento, é sem dúvida, a grande dificuldade de fazer reunião que estabeleça a motivação e consequentemente proporcione a credibilidade na condução dos trabalhos garantindo assim uma participação contínua do conjunto dos membros de um determinado grupo.
A predominância do excesso de timidez por parte da juventude camponesa, considerada uma das características próprias que precisam ser mais bem trabalhada, é um dos aspectos que tem aparecido com freqüência. Outro fenômeno preocupante é o “machismo”, impedindo assim um melhor envolvimento das mulheres no engajamento pastoral.
São vários, os problemas que tem sido percebido nas comunidades rurais. Na maioria das vezes a juventude não é encarada como capaz de fazer as coisas, uma boa parte dos adultos não dão responsabilidade aos jovens, por acharem que são rebeldes e inconseqüentes. No campo, os jovens têm uma criação mais disciplinada, reflexo desse modo particular de orientação, tem afetado e muito o desenvolvimento pessoal, ocasionando um trauma prevalecendo à baixa estima e consequentemente “travando” o jovem a desenvolver habilidades através do pensar e agir. Os jovens do campo desde cedo, assumem responsabilidades para ajudar no sustento da casa, perdendo assim um momento importante para curtir o seu tempo de criança. Lógico que existem outros elementos que tem piorado esse quadro, porém, seria necessário um maior aprofundamento relacionado a outras questões de cunho social, cultural e econômico.
É necessário pensar e repensar o trabalho feito junto aos jovens do campo. Trazer todos esses pontos para serem objetos de reflexão. Encontrar formas de se fazer educação popular em vista do protagonismo juvenil, de encorajá-los a serem sujeitos da sua própria história, a exemplo, do jovem Nonatinho do Grupo Mãe Terra do Povoado Centro dos Borges do pequeno município de Riachinho-To, que no final deste ano estará defendendo o seu trabalho de conclusão de curso, e será o mais novo técnico em agropecuária com habilitação em agroecologia que ousa e acredita ser possível fazer da roça um lugar bom de viver.
O grupo Mãe Terra foi o primeiro do Tocantins a se organizar na Pastoral da Juventude Rural, atualmente conta com quase 20 jovens e no mês passado completou oito anos de idade e está em fase de receber toda uma estrutura para aprimorar a experiência da casa de farinha e da horta orgânica organizado pelo grupo de produção e resistência, que tem se reunido todos esses anos com entusiasmo, perseverança e ousadia, jamais perdendo a fé e a esperança.
Diante dos avanços e retrocessos é preciso fazer observações sobre a duração de um grupo. Nesse sentido refletiremos as três questões postas no início desse texto: O que é uma reunião? Por quê se reunir? Quais as vantagens de fazer uma boa reunião?
Reunião é um trabalho de grupo onde se envolve pessoas que buscam interesse comum. O Trabalho em grupo ocorre em três níveis diferentes: nível individual, nível de coordenação e nível de colaboração, a seguir descritos:
• Nível individual: as pessoas fazem um esforço individual em direção à meta do grupo, mas não há coordenação entre estes esforços. Neste caso, a produtividade da equipe é simplesmente a soma dos esforços individuais de cada membro do grupo.
• Nível de coordenação: os esforços individuais das pessoas do grupo são coordenados, isto é, um membro do grupo trabalha em uma tarefa e depois entrega o seu trabalho para outra pessoa do grupo dar continuidade. Os membros do grupo compartilham recursos críticos para alcançar as metas do grupo. Esta coordenação pode ser feita por um membro do próprio grupo.
• Nível de colaboração: as pessoas do grupo fazem um esforço combinado, ao invés de trabalharem como indivíduos independentes ou coordenados. O grupo alcança suas metas graças ao esforço conjunto de todos. Ao trabalharem com colaboração, novas oportunidades e questionamentos podem surgir sobre um problema ou assunto. Grupos trabalhando desta forma freqüentemente fazem uso de um facilitador, uma pessoa treinada e capacitada para dar atenção à eficácia e eficiência dos processos de grupo.
A partir dos três aspectos mencionados, podemos dizer que é importante o grupo ou grupos se reunirem, para falar de coisas boas, para sorrir, para planejar um futuro melhor, para realizar os sonhos e desejos, em vista do fortalecimento da organização grupal e da construção da cidadania.
Podemos dizer que são várias as vantagens de se fazer uma boa reunião. Uma reunião bem organizada e preparada se torna produtiva e agradável. A reunião que é solta torna-se chata, demorada, as pessoas começam a reclamar e há um esvaziamento. É preciso ser um ambiente de acolhimento, em que as pessoas se sintam parte. Uma reunião bem elaborada produz bons encaminhamentos e estabelece um processo de ações contínuas em benefício da comunidade facilitando a integração.
Mas para alcançar metas satisfatórias é preciso evitar alguns vícios que tem prejudicado o bom andamento dos grupos em reuniões, tais como: evitar a centralização de tarefas; evitar o personalismo (estrelismo); evitar falar de mais na reunião impedindo que outros expressem suas idéias, ou querendo mostrar que sabe muito, e com isso tem inibido os demais a obterem uma melhor participação.
Através da experiência vivenciada ao longo da trajetória da PJR, temos o prazer de apresentar algumas pistas de como tornar uma reunião mais agradável e produtiva, pensando em um processo organizativo e participativo. Segue abaixo pistas orientativas de como fazer uma boa reunião:
ü Convidar as pessoas com antecedência e confirmar suas respectivas presenças;
ü Preparar bem o local da reunião, tornar um espaço bem acolhedor, com frases bonitas e simpáticas;
ü Preparar a reunião antes, o que vai falar, quem vai explanar o assunto, a estimativa de tempo para cada assunto;
ü Garantir a pontualidade no início das reuniões;
ü Estabelecer um tempo mínimo entre uma a duas horas de duração de reunião;
ü Preparar dinâmicas de integração para quebrar o gelo;
ü Sempre registrar através de relatório escrito o ocorrido na reunião, relatando principalmente os encaminhamentos, ou seja, as definições;
ü Sempre planejar as atividades e dividir tarefas;
ü Sempre avaliar os avanços ocorridos e as dificuldades apresentadas;
ü É de grande relevância o momento da espiritualidade, principalmente, quando motiva a partilha da leitura bíblica;
ü Organizar um ambiente místico com a cara da juventude do campo, valorizando os símbolos da luta e da caminhada pastoral, tendo como referência maior Jesus de Nazaré;
ü Ensaiar bem os cânticos buscando envolver todos na cantoria;
ü A cada reunião escolher uma equipe de no mínimo três pessoas para preparar as próximas reuniões em forma de rodízio;
ü Sempre agir de acordo com as decisões tomadas em grupo, agindo principalmente, com transparência para manter a confiança e credibilidade recíproca entre os membros do grupo;
ü Caso não tenha local fixo para se encontrar, há uma orientação de que se faça em cada dia reunião na residência de um dos componentes do grupo, objetivando criar laços de aproximação e intercâmbio familiar.
Essas pistas são de suma importância para estabelecer um espaço de comunhão fraterna, exercitar a prática de decisões coletivas e estimular o grupo a viver melhor em comunidade respeitando as diferenças de idéias na busca de soluções para os problemas.


Araguaína-TO, 18 de Julho de 2008.


Silvano Rezende
Assessoria PJR

terça-feira, 15 de julho de 2008

I ENCONTRO DIOCESANO DE DIREITOS HUMANOS



Vamos participar do I Encontro Diocesano de Direitos Humanos, acontecerá no Salão Paroquial São Sebastião em Colinas do Tocantins, nos dias 29 a 31 de Agosto de 2008.
Se inscreva, vagas limitadas... Inscrições abrem hoje e vão até o dia 15 de Agosto.
Posted by Picasa

De olho aberto para não virar escravo

Trabalhador Rural, não tenha medo vamos denunciar o crime de trabalho escravo... (63) 3412-3200.
Posted by Picasa

Mística da vida

Posted by Picasa

Apresentação

O Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Colinas, denominado Centro de Defesa Dom Jaime Collins, surgiu no dia 09 de Novembro de 2007. É uma associação civil, de direito privado, sem fins lucrativos e econômicos, com sede e foro na cidade de Colinas do Tocantins - TO, que tem por objetivo principal a solidariedade, o aperfeiçoamento político social, a pesquisa e a educação para os direitos humanos.

O propósito de atuação é abranger os municípios e paróquias localizadas na Diocese de Miracema do Tocantins. O nome da entidade escolhido em Assembléia foi uma homenagem ao primeiro Bispo da Diocese, Dom Jaime Collins que faleceu na década de 80. O Centro pretende desenvolver atividades relacionadas à promoção dos Direitos Humanos na luta incondicional contra qualquer tipo de violência em defesa da vida.

Surgiu num momento de necessidade da criação de uma instituição que pudesse desenvolver um trabalho voltado para ações de prevenção, promovendo atividades educativas, no intuito, de contribuir para acompanhar alguns casos de violação de direitos humanos, principalmente, se tratando de problemas relacionados à prostituição, a violência, ao trabalho escravo, e tantas outras questões que tem agravado a realidade de várias cidades na Diocese e no Estado do Tocantins.